J. Bras. Nefrol. 2016;38(4):411-20.

Qualidade de vida de pacientes em hemodiálise e sua relação com mortalidade, hospitalizações e má adesão ao tratamento

Araiê Prado Berger Oliveira, Debora Berger Schmidt, Thaís Malucelli Amatneeks, Jéssica Caroline dos Santos, Luiza Helena Raittz Cavallet, Renate Brigitte Michel

DOI: 10.5935/0101-2800.20160066

Introdução:

A doença renal crônica (DRC) acarreta mudanças repentinas no cotidiano dos pacientes, cria limitações para realizar as atividades de vida diária e gera um grande impacto nas emoções e na qualidade de vida (QV) do paciente.

Objetivo:

Compreender a relação entre a QV do paciente em hemodiálise e as taxas de mortalidade, hospitalização e faltas.

Métodos:

Estudo descritivo e prospectivo com 286 pacientes em hemodiálise, mediante aplicação de questionário sociodemográfico, KDQOL SF – 36 e análise de prontuário eletrônico Dialsist.

Resultados:

Idade média de 54,71 ± 14,12 anos, com escore médio de QV de 60,53, tendo como fator mais elevado o encorajamento da equipe de apoio (85,03) e menor em status de trabalho (21,11). Os dias de hospitalização se correlacionaram negativamente aos compostos do instrumento, principalmente no funcionamento físico (p = 0,000), escore médio (p = 0,001) e bem-estar emocional (p = 0,005). As mulheres apresentaram menor QV em escores de papel físico, sintomas/problemas, funcionamento físico, bem-estar emocional, energia fadiga e escore médio (p ≤ 0,05). O menor escore encontrado foi referente aos pacientes em tratamento entre 1 ano e 7 meses e 5 anos (59,93) e o maior em pacientes com mais de 5 anos e 1 mês (61,39).

Conclusão:

As hospitalizações diminuem a QV do quesito emocional e físico e as faltas estão diretamente relacionadas ao suporte social e à idade. O estudo buscou, por meio dos dados, levantar subsídios para o trabalho dos aspectos que necessitam de estimulação e adaptação na vida dos pacientes, proporcionando um maior equilíbrio na vida do indivíduo.

Qualidade de vida de pacientes em hemodiálise e sua relação com mortalidade, hospitalizações e má adesão ao tratamento

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